De quem foi a culpa?

Fotos de fatos, relatos guardados


num peito estreito, similar a gaveta

que anexa em segredo tantas contradições...



Sonhos risonhos, impressos marcados

momentos ao vento, desenterra a ampulheta

trazendo a tona uma soma de emoções...



Um amor de infância, lembranças de um tempo feliz!



Hoje um mar revolto, um bicho solto, somente a cicatriz...

Com o mesmo olhar

Folhas orvalhadas a noite pelo sereno

Ainda mais vaidosas ao amanhecer...

Desperta o olhar do homem!



Reflete o sol neste pingo pequeno

Cristalino faz resplandecer...

E sonhos ingênuos o consomem!



Uma viaje no tempo, lembrança que nos arremete.



Boas novas a descendência vindoura, algo que promete...

Canção da alma

Um sopro levemente tocou a alma

de um velho que dedilhava um violão

na solidão da noite, escura e calma

ouviu-se o som de uma bela canção

de um rosto moldado com rugas e traumas

tristes lágrimas rolavam ao chão

mãos cansadas e surradas na palma

compuseram um hino ao coração



trazendo a memória tantas lembranças.

nao havia falsidade e desconfiança

um tempo em que se vivia o amor



onde a pureza se unia a alegria

onde o menino e a menia crescia

e a paixão brotava com ardor

Contemplação

Bem ao fim da tarde

uma cena magistral

arde o sol, no vitral.