Eis que surge o poeta...

Eis que surge o poeta...
O haicai se inspira nas coisas belas do mundo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Saltar de cabeça



Nos olhos traz um encanto
Como noite de lua cheia
Sei que entre sorriso e pranto
Desejo corre nas veias

Eu e a abelha


A abelha encontra o mel
No instante que beija a flor
Já eu me vejo no céu
Quando beijo meu amor

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma dor



Quando a dor do amor
Aperta o peito
Espreme o coração
E saber que aquela flor
Que pra mim desabrochou
Não é mais minha não
Faz o pensamento viajar
Num terreno sombrio
Chamado solidão
E o que antes belo
Do mais puro anelo
Hoje escapou das minhas mãos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Eu e você


Eu sempre fui flora e folha

Você, borbulhas e bolhas

Eu tampa e rolha

Você, pequena pimpolha

Eu caras e bocas

Você, sempre tão louca

Eu com a voz rouca

Você, rara ou pouca

Eu ferro e ferrugem

Você, o céu e as nuvens

Eu pássaro e penugem

Você historias que surgem

Eu Ramo e ramalhete

Você papeis e bilhetes

Eu soldado e cadete

Você, fogo e foguete

Eu pente e bala

Você, roupa e mala

Eu acorde e escala

Você, festa e gala

Eu soluço e choro

Você, orquestra e coro

Eu agulha e soro

Você, prata e ouro

Eu aceso em fervor

Você, quente em ardor

Eu forte na dor

Você e eu unidos no amor

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Meretriz


Por de trás de um sorriso ela traz tanta manha

Levando qualquer homem a fazer de tudo

Usa a sedução como um laço e o apanha

O assanha, o leva pra cama, o deixa desnudo



Com seus beijos e caricias ela o ganha

Sussurra em seu ouvido com voz de veludo

Mostra no seu prazer um veneno de aranha

Que hipnotiza, paralisa e deixa mudo



Assim como é a fumaça do chaminé

Faz sua mente vagar na hora da conquista

O tornando mais dócil que uma pobre ovelha



Por ela o faz andar quilômetros a pé

É como um fã correndo sempre atrás do artista

Hoje ganho, ela faz o que der na telha!

Coisas da vida



E caiu... Como a branca, neve em flocos.
Acumulando igual poeira em garrafa
Ou como lavagem jogada aos porcos
Tão somente a vida em constante estafa

É quando o sentimento ofusca o foco
Perde-se aquela visão de girafa
De construir sua sorte bloco a bloco
E o grito de liberdade abafa

De repente deixa de ser flexível
Num rompante o coração fica aflito
Balançando mais do que uma canoa

Como se na mente queimasse um fusível
Emoção e razão entram em conflito
E desta vez o rei perde a coroa.

Descrição d’alma



Aquele amor virou intensa magia
Na complexidade do bem querer
Brilhava no escuro feito estrela guia
Irradiava luz mostrando poder

Com a paixão surgiu à alegria
Fez aumentar a razão de viver
Inovando todas as fantasias
Uma enorme sensação de prazer

Romance contado em tantas linhas
Sentimentos descritos por uma pena
Na brancura de um extenso papel

Ou talvez no espaço, nas entrelinhas.
Inspirando palavras em dezenas
Nos belos traços deste imenso céu