Eis que surge o poeta...

Eis que surge o poeta...
O haicai se inspira nas coisas belas do mundo

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Réu convicto






... Hoje
No lado esquerdo do peito
Jaz um coração que não bate mais
Apenas apanha da tristeza
E eu sou o culpado
Sou um sonhador
Que deixou de sonhar
Me tornei refém da solidão
Prisioneiro de uma prisão
Chamada esquecimento
Tenho como companheiro de cela
Somente o sofrimento
O carcereiro é o destino
Minha advogada é a duvida
Meu acusador a consciência
O juiz é o tempo
Neste tribunal que julga os sentimentos
... Acho que serei condenado!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A paixão é um ácido





Deixei pingar em meu peito

E corroeu meu coração

Sofri calado, deitado em meu leito

Onde lagrimas tocavam o chão

Xarope não resolve o meu caso

Inevitável, o remédio tem que ser um amor

Resta-me agora juntar os cacos deste velho vaso...

Recomeçar... Ignorando a dor

Insisto que, meu pecado foi aquele beijo

Balsâmico não! E sim um veneno

Onde a loucura se fez desejo

Nas curvas de um corpo moreno

Uma pergunta eu faço agora

Como reescrever minha historia?

Lembrei que quando um amor vai embora

Em outro você alcança vitoria!

Imagino então outro caminho, que seja repleto de flores!

Com certeza se eu der carinho

Obterei inesquecíveis amores...

Fogo e paixão

Numa noite de verão
te amei, sob a luz da lua
maravilhosa visão
nos meus braços, você nua...

Haicai do campo

Coruja do campo
a mais bela sentinela
no alto de um palanque.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Te perdi



No fio cortante da adaga
que reluzia mais que a própria espada
lançaste meu coração
que sangraste vagarosamente
um sangue rubro porém  inocente
me fez sofrer feito um cão!
a terra se tornou um papel toalha
sugando o líquido vermelho, e a palha...
disfarçava aquele chão
assim como este sumiu no solo
vi seu amor esfriar-se nos polos
transformando-se em paixão
algo que pensei ser infinito
o sentimento mais bonito
tanto quanto o perdão
mas por trapaça do destino
como pernas de um menino
te levou... e de companhia me deixou a solidão!

Visualizando


As patas do cavalo selvagem que caminha pelas planícies do deserto,
encontram um pó marron que sai das pedras, encalacrando em suas ranhuras.
impressões digitais que ficam quando este alcança a areia branca da praia
fazendo saber que por ali passaram velozes alazões...
suas crinas ao vento configura a mais perfeita liberdade da criatura
e como companhia o silêncio das noites frias, e os sussurros da natureza!
diante de tamanha beleza, sua gratidão se expressa apenas em viver...
seus hábitos são desde os primórdios da sua espécie, que não cessa
vivem sem pressa, sem pressões,
e ao poeta trás inspirações.

NUM OLHAR


Nada como olhar de manhãzinha para o horizonte,
e contemplar as nuvens brincando de esconde esconde
por de tras dos montes...
onde a relva recebeu de presente da noite
um suor chamado sereno, e como um aceno...
reflete nas pontas um pingo a desprender-se
ver os primeiros raios de sol tocam o chão
e aquele fundo de vale virar imensidão...
nos olhos do lebre que salta contente!
de repente surge uma ponte colorida
entre dois rios como avenidas
apenas um arco-íris que da o ar da graça!