Eis que surge o poeta...

Eis que surge o poeta...
O haicai se inspira nas coisas belas do mundo

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

 O DIA É DE AGRADECER


Pela saúde, pela vida...

Pela água e a comida

Pelo amor de Deus por nós

Pela noite, pelo dia...

Pela paz e a alegria

Neste mundo tão atroz


Pelo Bastião, pela cida...

Pelo suor de cada lida

Pela boca e pela voz

Pela força e ousadia

Pela fé que irradia

Nesse tempo tão veloz


Pelo peso, pela medida

Pela graça recebida

Pela batalha tão feroz

Pelo dom, pela empatia

Pela festa e a folia

Pelo amor ser tão veroz.



ALTAIR JOSE DOS SANTOS







quarta-feira, 16 de junho de 2021

MENINA FLOR DO PRADO

 

Rara beleza surgiu na campina
nas brancas pétalas da flor do lírio
só o sorriso meigo de uma menina
que entorpece e causa delírios
Imagem surreal, quase divina
que para os olhos eterno colírio
sua voz suave algo que fascina
tirando o homem de qualquer martírio
Campo enfeitado por flores e arbustos
correm águas claras como o cristal
admiradas pelo olhar do falcão
Mulher de alma linda e coração justo
lágrimas de amor, um memorial
belezas únicas, campo e paixão!

TEMPO.


É mais rápido que o vento
E também que o pensamento
De repente oque era não é mais
As vezes um belíssimo abono
As vezes lhe rouba noites de sono
As vezes trás, outras... leva sua paz!

NÃO ERA PRA SER


Dona de um olhar distante
E de maneira constante
Vive num mundo só seu
Recusa toques e afetos
E mesmo sob o mesmo teto
Não vive o que prometeu...
No inicio a mais bela amante
Tinha um fogo fulminante
Que aos poucos se perdeu
Seus lábios hoje tão quietos
E os sorrisos discretos
Disfarçam que enlouqueceu
Há tempos, não de instantes
Pensamentos intrigantes
Perturbam ouvidos seus
De transparente e reto
Seu coração hoje é secreto
E o amor por mim morreu
Palavras deveras cortantes
Foram ditas em alto falantes
E a discórdia enfim venceu
Amigos falsos (repletos)
Diziam “você é um objeto”
Nas mãos desse homem teu
E de maneira incessante
A pressão fria e maçante
Mata o que a gente viveu
Mudaram os seus projetos
E o errado virou correto
Casamento adoeceu
Já que nada será como antes
E os dias mais estressantes
Acho que pra mim já deu
Se quiser partir... não veto
Quero algo mais concreto
Pra completar o meu Eu!
Altair Jose dos Santos.

LEIS UNIVERSAIS


Se não fosse assim não teria graça
por isso o mundo é algo tão diverso
diferentes credos, cores e raças
De humanos tão bons, já outros perversos....
Por mais que o homem lute, cresça e faça
estão todos sujeitos ao universo
pois este "ser" não aceita trapaça
aplica feroz o efeito reverso
A vida é um constante bumerangue
Se todos tem o vermelho no sangue
Jamais posso pisar no semelhante
Cada um tem traçado seu destino
Uns malditos, outros divinos...
e pra outros irrelevantes!

O TEMPO


Este velho peregrino
Com pernas de um menino
Viaja distribuindo acenos
Ele é um sujeito discreto
Que planeja os seus trajetos
Num estudo sempre pleno
Um moço elegante e fino
Que diz “tua vida eu domino”
Pra grandes e pra pequenos
Age sendo o mais correto
Não prioriza "prediletos"
É um juiz seguro e sereno
Às vezes é um ser divino
Outras vezes assassino
Tem remédio, tem veneno.
Nas vidas, um arquiteto...
Dependendo do projeto
Pode ser rude ou ameno
Nesse mundo clandestino
O homem vira seu inquilino
Onde o mesmo é só um dreno
Que esvazia coisas, objetos...
Mas também almas, afetos...
Seja celeste ou terreno
É o oficial não o interino
Senhor de todo destino
Do sensato e do boleno
Em suas mãos até o inseto
Repreendido é com vetos
Quando o julgam semipleno
Soa como um belo hino
Ou como um teatro cretino
Um vê decente outro vê obsceno.
Fez então o último decreto
Sendo esse o texto completo
"Aceita que dói menos"

CARRASCO


Assombroso? Sim ele chegou impetuoso...
Letal as vezes em algumas porcentagens
O planeta amedrontado, essa é a imagem
Humanos agora repensando seus valores
Mal terrível que impede novos amores
E segundo meu pai, " o princípio das dores"
Nervos a flor da pele, e guerras políticas
Dimensões midiáticas, todas apocalípticas
Se isola há crítica se libera também há crítica
E a sociedade antes altiva, agora raquítica
Potências mundiais de joelhos ao invisível
E algumas se achavam (O País invencível)
E como tudo ainda é tão imprevisível
Não se sabe se é possível ou impossível
Aguardem pra nova fase... novo nível...
Autor: Altair José dos Santos