Eis que surge o poeta...

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O haicai se inspira nas coisas belas do mundo

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Uma viagem nas costas existentes

Eu que andei de braços dados
Com o tempo
Por muito tempo
O tempo todo
Tanto tempo que nem sei mais
Quanto tempo foi
Corri pelos flancos
Nas estradas do destino
Com as pernas de um menino
Que jamais se cansam
Corri nas costas do vento
Em meio a vendavais
Nas ondas do mar
Que de tão alvoroçadas
Pareciam carnavais
Nas costas terrestres
De ponta a ponta
De cabeça tonta
Nas costas do sol
Pergunte que a ele
Que ele te conta
Nas costas da lua
Na pacata madrugada
Que sorria tímida e nua
Mas te dirá
Palavra por palavra
É só perguntar
Nas costa dos relâmpagos
Sempre tão violentos
Foram meus mestres
Ensinaram-me a ser altivo
A ser preciso
A ser atento
E a não contrariar o tempo
Até mesmo nas costas da fé
Pois sempre defendi o amor
Eu sempre faço e falo o que penso
Mesmo triste ou tenso
Mesmo nas garras da dor

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